«queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa, que escrevi»

segunda-feira, 7 de março de 2011

«hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse»

hoje, eu queria que o telemovel tocasse, e aparecesse o teu numero no visor. digo hoje mas já passa da meia noite, e é provávél que já não me ligues antes de eu adormecer. estou com muito sono. o meu dia foi um tanto complicado. tu sabes que eu odeio hospitais. e pior, eu odeio ir a hospitais para receber más noticias. a minha mãe esteve lá internada quase um més, aquilo era como a minha segunda casa, e agora eu, ter de voltar lá, sozinha, para ouvir a medica dizer-me que vou ter de continuar a ser acompanhada, com um possivel risco que estar mal do rim. senti tanto medo. senti medo porque não tinha comigo ninguém, a minha mae em casa, e o meu pai a trabalhar, e eu ali, sozinha, armada em mulherzinha. não é que eu nao fosse ás minhas consultas sozinhas, não, era que eu estava demasiado desamparada para receber uma noticia daquelas. senti-me demasiado nova, demasiado insegura. tive muito medo. hoje se tivesses telefonado, eu iria pela segunda vez desatar a chorar. é que hoje, eu precisei mesmo de falar contigo. hoje faltava-me o mundo e um pouco mais, e sentia-me injusta em me sentir assim. ontem mandaste-me dormir, para não me atrasar hoje para a consulta. perferia nem ter ido! mas hoje se telefonasses, eu ia dizer-te qualquer coisa. hoje eu queria muito receber a tua chamada. queria que me dissesses que iamos estar juntos, ou que estavas a caminho daqui, que não ia ter de esperar até quinta feira á tarde para te ver, porque demanha tens labs. hoje, nem queria festejar carnaval algum. hoje queria ter daquelas tardes de filmes, nossas, deitados no sofá, com um manta. hoje se tivesses telefonado, ias perceber o porquê de eu estar com esta necessidade de ti. hoje se. mas hoje tu não ligaste. eu hoje não tive saudades, mas eu precisei mesmo muito de ti. amo-te

1 comentário:

  1. As melhoras, espero q corra tudo bem! Gostei do que li, quando precisamos das pessoas, elas nunca adivinham, mas estão lá sempre e isso pode chegar ou nao*

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