«queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa, que escrevi»

sábado, 23 de abril de 2011

tão, qualquer coisa.

a certa altura, bastava daquilo. chega! muitas vezes chega! chega! chega! chega! chega! estávamos cegos, eu já não conseguia estar bem, tu já não andavas feliz. tu aprendias a ser indiferente, e eu pelo contrario esquecia-me de como suportar a indiferença. eu já andava pelos cantos. tão ridícula, tão mentalizada de um fim, que cada momento, gravava-o como o ultimo. isso não nos fazia bem. de todo. e quantas vezes tivemos de cair, de levantar, de ter recaídas até percebermos um mínimo do que a vida nos quer ensinar? e quantas vezes tu disseste as palavras que eu precisei de ouvir no momento exacto? e quantas vezes, te escrevi, cheia de amor? nós criámos a nossa casinha. pequenina, somos muito novos ainda. viajámos e voltámos para casa, e depois de anos, a gente aprendeu, a não ligar ás palavras e a valorizar cada atitude, cada pedacinho. eu fico radiante sempre que descreves os meus textos em lindos, mas, oh, não existe nenhum livro, dicionário, com o quão bom é aquele abraço apertado, aquele beijo longo, aquela mão na minha, aquele ombro pousando em mim, aquele rosto a dormir na almofada ao meu lado, ou aquele sorriso sempre que chegas.

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