«queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa, que escrevi»

segunda-feira, 11 de abril de 2011

não fales, já dormes. espero. porque é sempre chato quando o sono nos falha, e ficamos no rebola rebola. estou aqui, deitada, com aqueles mini-calçoes de pijama que conheces, e com uma t-shirt que fica larga até ao meu pai, estou fresquinha, peguei numa molinha pequenina e prendi a parte da frente do cabelo. precisava de vir aqui, e escrever qualquer coisa. para ti. sempre para ti não é? para ti, que és o inicio, o meu e o fim de toda a minha escrita. doi-me quando as palavras de faltam, mas tu sabes que quando escrevo sou eu, o meu eu a sério, que tu, conheces e sabes de cor. as coisas podiam nem sempre ser como nos filmes, nós podemos até nem sempre ter dinheiro sufeciente para almoçar fora, e acabarmos com o chá e as tostas da minha mãe, podes nem levar-me a new york, mas mostras-me os pores do sol mais lindos do mundo. é que dás-me aquela certeza, de que sempre que eu tiver com vontade de estudar, tu vais aparecer, agarrar na minha cintura, morder-me o nariz, as bochechas, soprar-me para os olhos, que seja, só para me roubares um sorriso e isso, nada compra. que sempre que eu quiser ser doida, tu vais alinhar, nas minhas peças de teatro, e inventar dialogos dramaticos e lunaticos, para não me sentir sozinha nisto. que posso ser ao teu lado todas as personagens do mundo desde que nunca te faça duvidar que sou ainda eu. eu não mudava nada em ti. eu percebi, que chegámos aqui, porque tu és no fundo o meu melhor amigo, és tu quem me faz cocegas e me manda á merda com um beijo na boca, que me chama todos os nomes do mundo, e corre com um doce amor nos lábios. és tu quem eu escolhi, ou quem o meu destino escolheu, mesmo que não seja para sempre. eu amo-te mais do que tantas coisas neste mundo, tu sabes que isso é verdade, mas é engraçado como tu quase não acreditas nisso. e pouco importam as discusoes mimosas do quem gosta mais. eu não sei. eu definitivamente não sei, eu nem quero saber. só quero que quando a vida nos trocar as voltas de novo, e tiveres de ir embora por algum motivo, me prometas que voltarás como sempre voltaste, e se algum dia eu virar as costas, esperes, e nunca, mas nunca desistas de mim, nem de nós. aliás, porque é por isto que dou tudo, por estas palavras de mim para ti, pela minha mãe, e um pouco muito grande.

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