«queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa, que escrevi»

quarta-feira, 30 de junho de 2010

tudo passa

sim, tudo passa, mas e enquanto não passa? enquanto a dor dorme e acorda connosco, enquanto a saudade faz mais parte de nós do que o sangue, quando vemos que o sentimento não é mutuo e que nada irá mudar isso. tudo passa, teoria tão nossa, tão usada e de certa maneira parcialmente verdadeira. tudo passa, tudo tem um fim, tudo isso faz sentido, tudo isso pode sim ser realmente verdade, o pior é o caminho até lá, até ao fim, até á cura, até á ausência de saudade, e á falta de dor. e por isso é complicado partilhar, e até mesmo entender, pelo menos quando somos nós é sempre. é difícil ouvir outra coisa quando estamos mal, porque é sem duvida a mais usada, e acaba sempre por nos fazer minimamente bem. não podemos exigir outras palavras, para as outras pessoas é difícil encontrarem outras para nos apoiarem nessas situações. só que hoje acordei, e percebi, e reparei o quanto usamos essa expressão, mas o quanto essa se pode tornar num desespero horripilendo, porque a tendência a desejar o fim ou a ambição de num novo começo baseia-se apenas no momento em que tudo passa, em que tudo tem um fim, mas e até lá?qual é a expressão do caminho? das noites mal dormidas, das lágrimas de saudade e do amor não mutuo?

no inicio não podia negar o teu amor, na verdade também te amava, já passou.
ontem portugal perdeu, e saiu do mundial, ainda nao comi kiwis, e apetece-me

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