«queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa, que escrevi»
sábado, 23 de abril de 2011
tão, qualquer coisa.
a certa altura, bastava daquilo. chega! muitas vezes chega! chega! chega! chega! chega! estávamos cegos, eu já não conseguia estar bem, tu já não andavas feliz. tu aprendias a ser indiferente, e eu pelo contrario esquecia-me de como suportar a indiferença. eu já andava pelos cantos. tão ridícula, tão mentalizada de um fim, que cada momento, gravava-o como o ultimo. isso não nos fazia bem. de todo. e quantas vezes tivemos de cair, de levantar, de ter recaídas até percebermos um mínimo do que a vida nos quer ensinar? e quantas vezes tu disseste as palavras que eu precisei de ouvir no momento exacto? e quantas vezes, te escrevi, cheia de amor? nós criámos a nossa casinha. pequenina, somos muito novos ainda. viajámos e voltámos para casa, e depois de anos, a gente aprendeu, a não ligar ás palavras e a valorizar cada atitude, cada pedacinho. eu fico radiante sempre que descreves os meus textos em lindos, mas, oh, não existe nenhum livro, dicionário, com o quão bom é aquele abraço apertado, aquele beijo longo, aquela mão na minha, aquele ombro pousando em mim, aquele rosto a dormir na almofada ao meu lado, ou aquele sorriso sempre que chegas.
vais ser sempre tu
doido, rapaz, eterno jovem. com aquela estrutura corporal típica de jogador de futebol. vais ser sempre tu, mais de metade do valor de cada j que acrescento ao final das minhas coisas. vais ser sempre tu, a fazer planos comigo, a entrelaçar as tuas pernas nas minhas sempre que vemos um filme no sofá. vais sempre conhecer cada beco da minha casa, e oferecer os sorrisos e 'as melhoras' mais educadas à minha mãe. porque tu és mesmo assim, e o que és não morre, esconde-se, ou qualquer outra coisa do género, mas está sempre lá. vais ser sempre tu a contar os segundos baixinho até a porta fechar, para me atirares para cima da cama, encheres-me de cocegas e mimos. tu vais ser sempre o mais romântico e ao mesmo tempo gozares com o romantismo. tu vais sempre perceber quando estou a representar, e vais entrar no jogo num abrir e fechar de olhos, e vais implicar com a minha falta de jeito. vais dar sempre aquela gargalhada de gozo quando eu não chegar aos sítios altos com o meu 1,50m e depois acrescentar um 'amo-te pequenina'. e no meio das brincadeiras, sempre que eu mencionar o nome de outros, tu vai apertar-me com força, e descrever-me como tua. vais levar-me a sítios básicos e por-me a falar de politica, e comer pizzas cá em casa sempre que der, e arrotar baixinho, e ser chato, e falar muito. e é isso que me faz bem. saber que, independentemente de, se, aquilo que és há anos, vais ser sempre. e como eu te amo tanto idiota.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
ela estava a passar por tudo aquilo que eu passei quando foste embora. não podia falar-te disto. não queria por nada deste mundo reviver aqueles meses. mas eu estava a vive-los de novo, porque eu nunca, mas nunca a iria deixar sozinha. e sabes quando te sentes inutil? porque agora faltavam-me todas palavras sábias que faltou a toda a gente quando fui eu. mas eu compreendia-a, tão bem, bem de mais. até mesmo quando ela chora a falar, eu choro também. era parte dela, mas a parte dela tocava na minha parte. sabia que não a podia deixar ir a baixo, porque eu iria junto. e depois, quem nos ia levantar ás duas? é isso que acontece com as irmãs não é?
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