«queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa, que escrevi»

sábado, 14 de maio de 2011

tenho saudades

hoje queria estar a escrever como escrevi durante quase todo o ano passado, com saudade. tive tantos meses cheia de saudades dele, e ele ali, perto, mas era aquela saudade, saudade de amor perdido, de amor esquisito, de amor que deu tanto e que tinha ido embora, saudade de sentir amor, de amar, de amar-me de certa forma. essa saudade também nos desgasta. oh, eu quase deixei tudo por essa saudade. depois? oh, depois eu voltei, ele voltou, para variar um bocadinho da nossa longa história, e em minutos já me enchia de beijinhos, mimos e assistia filmes comigo cá em casa. é fácil voltar, porque mesmo não querendo com medo, não existe nada melhor do que ser (re)conquistada pela pessoa que amamos. o que nos mata é a saudade dos finais.
mas hoje não. hoje podia escrever que tenho saudades do j., podia, porque na realidade tenho, aquela saudade boba de fim de semana, aquele desejo de o ter aqui durante estes dois dias que nos separam a acordar-me, e a fazer-me feliz. mas hoje não. hoje estou em crise. estou melancolia, carente, nada decente. são três semanas que me distanciam de praga. são três semanas, e ao contrario do j. ele não vai aparecer dentro de 48h só porque sim. e como é horrivel esta saudade. saudade de alguém que foi, e ao mesmo tempo queria ficar, alguém que nos levou, e deixou ao mesmo tempo. alguém que de nós tinha sempre o sorriso mais sincero. alguém incondicional. é. é o meu irmão. é isso mesmo. e pronto! estou tão sensível com isto tudo que já desatei a chorar, e por isso, deixo este texto sem fim. vou dormir ou qualquer coisa. não sei.*

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